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  • Foto do escritorFelipe Massami Maruyama





A LegalTech Atrium, um híbrido entre um escritório de advocacia e de startup software na área do direito teve que encerrar duas atividades por não ter conseguido encontrar o caminho para ser mais eficiente que um escritório tradicional de advocacia. A startup possuía mais de 100 funcionários e havia levantando 75,5 milhões de dólares em financiamento.


O fundador e CEO da Atrium, Justin Kan é conhecido como o criador do serviço de streaming Twitch, que foi vendido para a Amazon por quase US $ 1 bilhão em 2014.

Fundada em 2017, por Justin Kan, a Atrium desenvolveu um software para que qualquer empresa pudesse navegar mais facilmente em temas como arrecadação de fundos, contratações, acordos de aquisição. A Atrium oferecia advogados internos que poderiam fornecer aconselhamento e melhores práticas nestes assuntos. A ideia era que o software de colaboração tornaria a relação dos advogados das empresas mais eficientes do que com um escritório de advocacia tradicional. Isso resultaria em economia para clientes que poderia ajudá-los a evitar contratos sujos ou contratações malfeitas.


Todavia manter um grande número de advogados na equipe possuía um custo altíssimo. A Atrium cobrava pacotes de seu software e assistência jurídica por meio de assinaturas e, em temas importantes, como aquisições, que incorriam em taxas adicionais. E eliminar o grande volume de trabalho dos advogados por meio do software da Atrium também não se materializou em lucros abundantes.


Numa tentativa de pivotar, foi uma esruturado uma rede de serviços profissionais onde a Atrium encaminhava os clientes a advogados. Essa abordagem arranhou a credibilidade da startup, pois os clientes exigiam estabilidade, para não serem pegos sem advogado em um momento difícil. Por fim, Kan optou por encerrar as operações da startup no começo deste ano (2020).


O caso é interessante trazendo à tona que sucessos passados não são traduzidos em sucessos futuros. Inevitavelmente, a reputação do empreendedor fez com que a percepção de risco por parte de investidores e de outros empreendedores fosse minimizado. Mas é um caso interessante de que um grande sucesso precedeu uma falha.



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  • Foto do escritorFelipe Massami Maruyama

Atualizado: 5 de out. de 2020

O que podemos aprender a partir da história da falha, erros e fracassos de empreendedores inovadores?





O Failtech é uma iniciativa que nasceu com dois objetivos: 1) Desmitificar o próprio conceito de falha e fracasso; e 2) Contribuir com o desenvolvimento empreendedor a partir da aprendizagem a partir da falha.


Curiosamente, no campo de pesquisa da organização e da estratégia, a literatura predominante tendeu a relacionar a falha a resultados, exclusivamente, negativos do processo empresarial posto que objetivo implícito de toda empresa deveria ser sobreviver ou gerar dividendos para os acionistas e fundadores da organização. E neste caso entende-se resultado negativo como a descontinuidade operacional, associado à mortalidade de uma empesas vinculado aos procedimentos formais da falência de uma organização.


Mas seria a falha um resultado, obrigatoriamente, insatisfatório ou mesmo indesejado?

Nos últimos 10 anos, tem crescido o interesse sobre o papel da falha para o processo empreendedor. Em outras palavras, o fracasso tem sido visto como um evento que pode beneficiar o empreendedor em sua trajetória futura como também tem sido visto como um importante recurso para a inovação.


Cada vez mais a pesquisa sobre a falha tem deixado de entender o porquê e como as falhas acontecem no nível da firma, a partir do ponto de vista da estratégica, para compreender o fracasso na organização a partir perspectiva empreendedora. E nesse olhar, a falha começa a representar um potencial importante insumo para aprendizagem, seja diminuindo a assimetria de informações ou a percepção de incerteza do empreendedor.


Embora esteja cada vez mais claro das lições que possam ser aprendidas por formuladores de políticas, governos e investidores, a falha continua sendo uma fonte subutilizada de conhecimento e aprendizado tanto para estes atores como pelos próprios empreendedores


E, nessa perspectiva, a ideia do Failtech é conseguir compilar alguns desses casos, dissecá-los e compartilhar os fatores, as causas e as consequências desses encerramentos abruptos, tanto na perspectiva do empreendedor como também dos demais atores do ecossistema que se relacionaram com estes empreendimentos. Apenas com um disseminação massiva e coletiva, a falha deixará de ser estigmatizada e passará a ser analisada com mais cuidado tanto por profissionais, acadêmicos e empreendedores.


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